Evento a convite da Audi do Brasil
Novo A6 e o Pão de Açúcar. Foto de Yuri Ravitz, editor-chefe |
Assim como a Volkswagen, a Audi do Brasil está realizando o que encara como uma renovação tecnológica em nosso mercado. Começou agora em 2019 com os novos RS4 Avant e RS5 Coupé, superesportivos das famílias A4 e A5, depois passou pelo Q8, um SUV de alto luxo e, agora, completa sua terceira etapa com os novos A6 e A7 que são, respectivamente, o sedan intermediário-grande da gama (abaixo apenas do A8) e seu derivado coupé de quatro portas. Em evento realizado na cidade do Rio de Janeiro, a montadora convidou os principais jornalistas do Brasil para conhecerem as novidades e conferir o que elas trazem de bom.
É importante adiantar que, desde sempre, os A6 e A7 possuem muito em comum: plataforma, motor, tecnologias e interior, tendo como principal diferença o design e, consequentemente, dimensões internas. O A6 é um sedan tradicional e elegante com seus três volumes bem demarcados, enquanto o A7 é um coupé largo e comprido que busca seduzir por onde passar. Na nova geração, eles chegam ao Brasil em versão única de nome Performance e preços iniciais de R$426.990 (A6) e R$456.990 (A7). Para nosso primeiro contato pegamos o A6 que você verá nas imagens que ilustram a matéria, mas praticamente tudo que será dito aqui vale para ambos.
A6 vem com rodas aro 20 de série em desenho mais simples. As da foto, também aro 20, são opcionais. |
Sopro de renovação
O novo A6 mudou muito em relação ao anterior, mas não totalmente: a plataforma usada aqui é a MLB Evo, uma atualização da MLB utilizada no modelo anterior para permitir a adoção de novas tecnologias e conjuntos mecânicos. Falando neles, a dupla A6/A7 chega com uma única opção de motor: um 3.0 V6 turbinado de 340cv e 51kgfm comandado por uma transmissão automatizada de dupla embreagem com sete marchas e sistema de tração integral quattro. Os números são animadores e se tornam ainda melhores por um detalhe específico: esse motor conta com tecnologia híbrida-leve - "mild-hybrid", onde um motor elétrico de pequeno porte atua como auxiliar do principal (combustão) em ocasiões como paradas e velocidade de cruzeiro.
Em uma parada no semáforo, por exemplo, o start-stop desliga o motor mas todos os sistemas do carro seguem funcionando normalmente: faróis, ar condicionado, tudo. Algo semelhante acontece em velocidades de cruzeiro entre 55 e 160km/h: o motor a combustão é desligado e o sistema elétrico mantém o carro funcionando normalmente. Apesar disso é bom lembrar que esse conjunto não se constitui um híbrido tradicional por não trazer baterias e nem um motor elétrico mais forte (como um Toyota Prius): o sistema elétrico aqui é um auxiliar, não sendo capaz de movimentar o carro por conta própria.
Console central traz poucos botões. O motorista configura todo o carro por três telas de alta definição |
Arsenal completo
Talvez o maior destaque dos novos A6/A7 seja o arsenal tecnológico. Durante os sete anos de duração das gerações passadas de ambos, a Audi veio desenvolvendo tecnologias que deixaram seus carros mais seguros e avançados, incorporando boa parte delas na dupla recém-chegada ao país. De série ambos trazem itens como: pacote de condução semiautônoma com piloto automático adaptativo e assistente de permanência em faixa, sistema Traffic Jam Assist atualizado que "lê" as faixas, os demais veículos e orienta o carro no mesmo sentido (agora atuante até os 250km/h), ar condicionado de quatro zonas, pacote de segurança Pre Sense completo, iluminação ambiente em até trinta cores e muito mais.
Além disso, ambos chegam com kit estético S line de série que inclui rodas aro 20, soleiras iluminadas e para-choques esportivos, além de trocar os cromados do exterior por elementos em preto brilhante. Como opcionais há Head-Up Display (R$10.000), faróis Matrix LED em HD (R$13.000), sistema de visão noturna (R$16.000) e, para o A6, outra opção de desenho de rodas aro 20 (R$4.000). Completam a lista de itens de série o novo multimídia que permite espelhamento de smartphones via wi-fi, o painel digital atualizado e o som Bang & Olufsen com 16 alto-falantes.
Veredito
O primeiro contato com os novos A6 e A7 deixou boas impressões; vamos ver como se sairão em um teste mais duradouro no futuro. Os modelos reforçaram seus antigos pontos fortes, corrigiram alguns dos fracos e retornaram ao Brasil mais tecnológicos do que nunca. Os valores pedidos não são nada baratos, mas a pouca concorrência deve facilitar as vidas dos alemães das argolas.
Fotos (clique para ampliar):
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